por Alexandre Costa Os anos de chumbo e as atrocidades cometidas durante a ditadura militar no Brasil (1964 a 1985) são feridas ainda abertas e difíceis de cicatrizarem. Passados 60 anos do golpe, o cinema nos dá a oportunidade de viajar no tempo e mergulhar em um dos períodos mais tristes da história recente do país.
Tanto ‘Ainda Estou Aqui’ como o documentário ‘Doutor Araguaia’ remontam a situação política do Brasil e nos colocam diante dos assassinatos do deputado Rubens Paiva e do médico João Carlos Haas.
São obras comoventes, que revelam o drama e o sofrimento das famílias e dos amigos diante de um estado cruel e repressor, que torturou, seviciou, matou e escondeu os corpos de quem ousou se opor ao regime.
No dia 31 de março de 2024, o golpe civil-militar completou 60 anos. A data marca a destituição de João Goulart do cargo de presidente do Brasil e dá início a longos 21 anos de ditadura (1964 a 1985). Além da censura, das constantes violações de direitos e abusos de poder, o Brasil viu a morte de Rubens Paiva, João Carlos Haas e de centenas de heróis anônimos, gente de carne e osso que lutou por ideias e sonhos de liberdade, democracia e um mundo mais justo, digno, humano e igualitário.