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Foto do escritorAlexandre Costa

COM A CARA DO GOVERNO: PROVAS DO ENEM SOFRERAM INTERFERÊNCIA POLÍTICA DIRETA DO PRESIDENTE BOLSONARO


Durante viagem ao exterior, nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que interferiu diretamente na elaboração de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que o mesmo ficou "com a cara de governo". Bolsonaro impôs a versão militar e da extrema direita em relação ao golpe de 1964, ordenando que o ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, trocasse a expressão "golpe" por "revolução" nas provas do Enem. A determinação de Bolsonaro ocorreu no primeiro semestre e o ministro Ribeiro teria repassado o pedido a equipes do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelas provas.


Desde que assumiu como presidente do Brasil, as questões envolvendo o tema Ditadura Militar (1964-1985) tiveram interferência de Bolsonaro, que por diversas vezes manifestou seu posicionamento alinhado à ditadura e elogiosa a ex-torturadores, como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015). Além da mudança de interpretação sobre o golpe de 64, o governo Bolsonaro tentou, por meio do Ministério da Educação (MEC), incluir professores de extrema direita na elaboração do Enem deste ano, mesmo que os mesmos tivessem sido reprovados no processo seletivo para colaboradores da prova.

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