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Foto do escritorAlexandre Costa

Execução de cinco suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle dificultaram ainda mais as investigações

Seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, o Brasil continua sem saber quem foram os mandantes e a motivação do crime, ocorrido no Rio de Janeiro, no dia 14 de março de 2018. Mesmo com quatro suspeitos presos, é preciso ressaltar que ao longo das investigações ocorreram mortes de suspeitos, seja por terem participado da execução ou por terem informações sobre o caso. Marielle, acompanhada de sua assessora Fernanda Chaves e de Anderson, foi alvejada por tiros em seu veículo no bairro do Estácio, zona norte do Rio de Janeiro. Fernanda foi a única sobrevivente do atentado.


No ano seguinte, antes do primeiro aniversário do assassinato, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) conseguiram prender dois suspeitos: Ronnie Lessa, policial reformado, e Élcio de Queiroz, ex-policial militar. Os dois são apontados como executor e motorista do veículo utilizado no crime, respectivamente. Com a delação premiada de Élcio, Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também foi detido.


As investigações foram marcadas pelos inúmeros erros técnicos, obstruções, boicotes e pelo assassinato de ao menos cinco suspeitos de envolvimento no caso. As mortes, popularmente chamadas de "queima de arquivo", impediram a evolução das investigações e serviram como uma espécie de recado para quem detinha informações.

Entre os suspeitos mortos, destacam-se:

Edmilson da Silva de Oliveira (Macalé): Ex-sargento da Polícia Militar, morto a tiros em 6 de novembro de 2021, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Macalé foi apontado por Élcio de Queiroz em sua delação como intermediário na contratação de Ronnie Lessa para o assassinato de Marielle.

Adriano Magalhães da Nóbrega (Capitão Adriano): Ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), morto durante uma operação policial na Bahia, em fevereiro de 2020. Ele era suspeito de ter conexões com milícias e grupos criminosos.

Luiz Carlos Felipe Martins (Orelha): Segundo-sargento da PM, Orelha foi morto a tiros em março de 2021, em Realengo, Zona Oeste do Rio. Ele era considerado o braço direito de Adriano da Nóbrega e foi alvo de execução após ser identificado como o gestor do espólio do ex-capitão.

Hélio de Paulo Ferreira (Senhor das Armas): Conhecido como Senhor das Armas, Hélio foi assassinado em fevereiro de 2023, no bairro do Anil, Zona Oeste do Rio. Embora não estivesse diretamente envolvido no assassinato de Marielle, sua morte levantou suspeitas devido ao seu histórico criminal.


Lucas do Prado Nascimento da Silva (Todynho): Todynho foi vítima de uma emboscada em 2019, na Avenida Brasil, em Bangu. Ele era suspeito de participar da clonagem do veículo utilizado na execução de Marielle e Anderson e teria envolvimento com o crime organizado.


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